Depois da Psicanálise de Sigmund Freud parece óbvio falar
em motivação inconsciente nas pessoas. Mas causa admiração a perspicácia de
Arthur Schopenhauer quando ele diz meio século antes, que boa parte de nossas
atitudes não são ponderadas racionalmente.
No amor, por exemplo, é impossível imaginar o individuo
escolhendo consciente por quem vai se sentir atraído. O simples fato de parar
para pensar a respeito leva o sujeito a encontrar os defeitos do outro o que é
incompatível com a atração amorosa.
Estudos científicos recentes confirmam a tese de
Schopenhauer de que atração sexual está relacionada com a perpetuação dos genes
que garantirão mais saúde a um possível descendente.
Entretanto, devemos analisar criticamente a crença de que
amor necessariamente trará infelicidade ao indivíduo. A existência de
relacionamentos em que o amor e a felicidade coexistem nos mostra que é
possível escolher a forma como se vive com a pessoa amada, apesar de não
podermos escolher quem amar. É o que ocorre em relacionamentos maduros, quando
há uma aceitação mútua dos defeitos e das diferenças do parceiro.
Santigo Banche e Thalita Galeno
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